sexta-feira, 25 de abril de 2008

Prognósticos para a GP2

Numa competição em que os carros são iguais é sempre difícil apontar um favorito à vitória final. A maior parte dos analistas dão alguma vantagem à iSport e à ART Grand Prix mas, a minha opinião, é algo diferente.
Karun Chandhok e Bruno Senna são os pilotos da iSport e deverão obter algumas vitórias durante a temporada. Já a disputa do título é um assunto bem diferente. Ambos são bastante irregulares, comentem erros com alguma frequência e nunca obtiveram um título importante. Assim, estão fora da minha lista.
Na ART está Luca Filippi e Romain Grosjean. O primeiro terminou em quatro no ano passado e tem na regularidade a sua principal característica. Este factor pode jogar a seu favor, mas não me parece que possua a “chama” dos campeões.
Romain Grosjean venceu as Euroseries de F3 em 2007 e, este ano, conquistou o primeiro título da GP2 Ásia. O piloto francês, pese a sua inexperiência, é um dos grandes favoritos ao título.
A Campos parece estar num bom momento e o russo Vitaly Petrov é o líder da equipa. Eis um nome a ter em conta para as contas do campeonato.
A DAMS é uma equipa histórica do campeonato e com um elevado grau de competitividade. Jérôme d'Ambrosio dominou por completo a Formula Master em 2007 e Kamui Kobayashi é o terceiro piloto da equipa Toyota na Fórmula 1. Ambos os pilotos têm qualidade, mas muito dificilmente entrarão na discussão do título.
A Racing Engineering foi uma das surpresas nos testes de pré-temporada, Javier Villa e Giorgio Pântano são dois pilotos experientes, com resultados, e podem vir a ter uma palavra a dizer na questão do título.
A Arden conta com Sébastien Buemi e o apoio da Red Bull. Ainda sem qualquer título, o piloto suíço tem mostrado as suas qualidades e pode ir longe neste campeonato.
O inglês Mike Conway é a figura principal da Trident. Campeão britânico de F3 em 2006, Conway tenta conquistar um lugar ao sol e parece ter reunido as condições para o fazer.
Durango, Fisichella, Piquet, DPR e BNC muito dificilmente entrarão nas contas finais, embora possam fazer um brilharete numa ou noutra corrida.
Para o fim ficou a Super Nova. Os prognósticos são muito mais difíceis quando o coração bate mais forte. A competitividade da equipa é uma incógnita e, para já, parece que ainda há muito trabalho pela frente. Bakkerud tem rodado sempre nas últimas posições, tanto nos testes como na Ásia, pelo que o trabalho de desenvolvimento dependerá sobretudo do nosso Álvaro Parente. Acredito que, na segunda metade do campeonato, o piloto português seja capaz de discutir lugares no pódio e mesmo chegar às vitórias, mas parece-me que não lhe podemos exigir mais do que isso.
Em resumo, para mim, na primeira linha da disputa do título encontram-se Romain Grosjean, Sébastien Buemi e Mike Conway. Por sua vez, a segunda linha é constituída por Karun Chandhok, Bruno Senna, Vitaly Petrov, Jérôme d'Ambrosio, Kamui Kobayashi, Javier Villa e Giorgio Pântano. Se a Super Nova não desiludir, Álvaro Parente poderá entrar nesta segunda leva.
Mas, amanhã, tudo pode mudar de figura. Depois dos treinos e da qualificação posso chegar à conclusão que me enganei redondamente e festejar mais um “grande passo” do nosso piloto.

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